Ano 2021 – Até cem anos atrás era difícil encontrar mulheres dirigindo ônibus ou liderando uma pesquisa científica. Olhar para trás e enxergar as mudanças ao longo do tempo nos faz entender por que o dia 8 de março é uma data tão importante: o Dia Internacional da Mulher.
Afinal, por que comemoramos o Dia Internacional da Mulher?
O Dia Internacional da Mulher é uma data para lembrar o quanto as mulheres lutaram e continuam lutando por seus direitos. Provavelmente, o leitor já viu uma motorista de ônibus, uma cientista ou uma importante médica dando entrevista a uma jornalista. No entanto, até cem anos atrás, era difícil encontrar mulheres pilotando um ônibus ou um taxi. Aliás, mais difícil ainda seria encontrar uma jornalista entrevistando uma cientista mulher. Enfim, os anos se passaram e após muita luta, elas conseguiram provar que merecem trabalhar e receber assim como os homens. Certamente, as mulheres ainda não conquistaram todos os seus direitos e ainda existe muito preconceito.
Lutando por seus direitos
Antes da Organização das Nações Unidas (ONU) reconhecer o dia 8 de março, em 1977, como o Dia da Mulher, essa comemoração já tinha acontecido em outras datas. Por exemplo, em maio de 1908, nos Estados Unidos, cerca de 1500 mulheres participaram de uma manifestação para defender os seus direitos. Um ano depois aconteceu um outro protesto com mais de 3 mil trabalhadoras em uma fábrica. Naquela época, elas trabalhavam por muitas horas, sem direito a descanso e ganhando muito pouco. Por isso, elas se rebelaram para exigir condições melhores para trabalhar.
Depois da 1º Guerra Mundial, entre os anos 1914 e 1918, vários grupos de mulheres se uniram para reivindicar seus direitos. Então, no dia 8 de março de 1917, aproximadamente 90 mil operárias manifestaram-se contra o Czar Nicolau II, na Rússia. Mesmo assim, foi somente 20 anos depois que a Organização das Nações Unidas assinou o primeiro acordo internacional que afirmava princípios de igualdade entre homens e mulheres. Nos anos 1960, o movimento feminista ganhou força e o “8 de março” só foi reconhecido mesmo em 1977 pelas Nações Unidas.
Chiquinha Gonzaga
O Jornal da Criança (JC) indica a leitura da biografia da compositora carioca Chiquinha Gonzaga. Ela nasceu em 1847 e lutou para ser uma mulher livre até o seu último dia de vida, em 1935. Quando era moça, se tornou corajosa e enfrentou a sociedade para ser pianista. Naquela época, apenas os homens podiam se encantar com as notas musicais. Além disso, ela foi obrigada a casar com quem não amava. Por isso, se separou e encontrou um novo amor. O que parece ser normal para os dias de hoje, há cem também não era. Então, imagina só o que a Chiquinha Gonzaga sofreu? Mas, assim como diz o ditado popular “quem canta, os seus males espantam”, com toda a certeza a compositora fazia justamente isso. Aliás, ela criou a primeira marchinha de carnaval “Ô Abre Alas”.
Orientação para o professor
Campos de experiência da BNCC: O eu, o outro e o nós. Objetivo: Aprender a respeitar e valorizar as mulheres.
Fontes: O Popular, Nova Escola, Isto É
Acessos em 8 de março de 2021.
Crédito da imagem de capa: Alexandr Ivanov por Pixabay
