Bumba meu boi porque a boiada vai se espalhar pela cidade de tanta felicidade! É tempo de comemorar. Afinal, agora a celebração faz parte do Patrimônio Cultural da Humanidade.
Tudo começou no início no século XVIII, na época da colonização do Brasil com seus negros, índios e portugueses. A brincadeira do bumba meu boi faz parte da festa junina do Maranhão. Com toda a certeza, ela é bem diferente: no lugar do casamento caipira, os desfiles coloridos abrem o caminho para a passagem de homens vestidos de boi. Preparem os pandeiros e tambores porque a lenda vai começar…
A lenda do bumba meu boi
Catirica e Pai Francisco, mais conhecido como “Nego Chico” era um casal de escravos que trabalhava em uma fazenda. A moça estava grávida e o Pai Francisco fazia de tudo para agradá-la. Então, um dia, Catirica sentiu vontade de comer o melhor boi do dono da fazenda. Apesar de saber que o senhor do engenho poderia matá-lo, se descobrisse, o “Nego Chico” matou o boi e levou para a mulher. Quando o dono da fazenda descobriu, foi uma confusão. Parecia até que ele gritava: “não bumba meu boi”. Então, o fazendeiro mandou todos os escravos procurarem o tal animal. Até que encontraram e Pai Francisco foi castigado. O fazendeiro ficou desesperado e não aceitava a morte do animal. Então, mandou chamar os pajés e feiticeiros da floresta para fazer magia e trazer o boi de volta. Enfim, o boi foi ressuscitado… voltou a viver! De tanta felicidade, o fazendeiro resolveu não matar o Pai Francisco. Esta decisão do patrão foi motivo de comemoração! A partir daquele dia, a festa do bumba meu boi passou a ser celebrada todos os meses de junho e junho.
Patrimônio Cultural da Humanidade
Um patrimônio cultural é importante para entender a história e a cultura de uma região ou povo. Sem dúvida, a festa do bumba meu boi merece ser guardada na história do mundo, porque lembra sobre os hábitos e costumes dos brancos, negros e índios, durante o período de colonização do Brasil. A festa passou a ser considerada Patrimônio Cultural da Humanidade pela Organização das Nações Unidas Para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) no dia 11 de dezembro. No entanto, a celebração já tinha sido reconhecida, em 2011, como Patrimônio Cultural do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Fontes: Folha de S.Paulo, Música Brasilis,O Imparcial, Toda Matéria.
Imagem de capa: Agência Brasil