“Conta a lenda que certo dia alguns macacos-de-nariz-branco da região de Guiné-Bissau, na África, planejaram trazer a Lua até a Terra. Então, um dos macaquinhos teve a ideia de subirem um em cima do outro até alcançá-la. E assim fizeram até o pequeno macaco tocar a Lua.
No entanto, antes de puxá-la para a Terra, a pilha de macaquinhos desmoronou, menos o pequeno macaco, que ficou amigo da Lua e ainda ganhou de presente um tambor branco. O bicho não parava de tocar, mas com o tempo se cansou da vida lunática e pediu para voltar para casa.
Então, a Lua prometeu ajudar, mas com a condição de não tocar o tambor antes de chegar na Terra. Quando pisasse no chão, tocaria o tambor com muita força para avisar a Lua e assim ela cortaria a corda.
O problema é que o macaco não resistiu e acabou tocando o tambor no meio do caminho de volta à Terra. A Lua ouviu, cortou a corda e o macaquinho começou a cair. A queda havia sido muito alta e o animal, em suas últimas palavras, pediu para uma menina entregar o tambor aos homens de seu país. E a partir daquele dia, o instrumento passou a ser conhecido por toda a África.”
Certamente, a Geni Guimarães deve ter ouvido muito este conto africano. Uma história imaginária que nos faz sonhar e pensar assim como as histórias que ela escreveu.
Afinal, quem é a Geni?
Professora, poeta e ficcionista, Geni Mariano Guimarães viveu a infância em uma fazenda de café em Barra Bonita, interior do estado de São Paulo. Ela é uma escritora brasileira negra que escreve suas lembranças de menina. Recordações de uma infância pobre, sofrida e cheia de preconceito.
A Cor da Ternura é uma de suas histórias geniais que ganhou o Prêmio Jabuti de 1990 na categoria de Autor Revelação em Literatura Juvenil. A indicação é da Editora FTD.
Confira a sinopse do livro indicado para adolescentes:
Geni é a penúltima de uma família de oito irmãos. De origem negra e pobre, percebe desde muito pequena o peso da cor e da condição social e aprende a conviver com ofensas e xingamentos. Muito apegada, a menina só deixa de mamar quando a mãe fica grávida. Para atrair a atenção depois da chegada do irmãozinho, Geni deixa de comer e finge estar doente, mas aos poucos desenvolve afeto pelo bebê. Sua Vó Rosária lhe conta as histórias do tempo da escravidão e da Princesa Isabel, sobre a qual escreve um poema elogiado pelo diretor. Depois de muito estudo, Geni se torna professora e pode transmitir suas histórias de tolerância e respeito.
Apesar de não ser mais criança, hoje, aos 76 anos, continua existindo dentro da Geni uma menina que luta contra preconceitos.
Os Irmãos Zulus
Legenda: Gabriela indica o livro “Os irmãos Zulu”. Crédito da imagem: Divulgação
Outra indicação de livro é da Gabriela Cristina, de 8 anos. Ela adora ler assim como a Geni, tanto que já tem um perfil no Instagram para divulgar bons livros só para amigos. “Gabi passou os primeiros anos praticamente no hospital para tratar uma pneumonia, doença que se dá nos pulmões”, lembra sua mãe Erika. Sua filha mal falava e foi por meio da leitura que superou este momento difícil.
Legenda: Gabriela Cristina, de 8 anos. Crédito da imagem: Divulgação
Para o JC, a Gabi indicou a história dos “Irmãos Zulus” do autor Rogério Andrade Barbosa. Trata-se de uma lenda folclórica do povo ZUlu, da África do Sul, onde três irmãos saem em busca de uma fortuna e aprendem lições diferentes sobre cada uma das experiências.
Curiosidade: No dia 13 de maio de 1888, a princesa Isabel, filha do imperador brasileiro Dom Pedro II, assinou a Lei Áurea, que decretou a abolição da escravatura no Brasil. Com a assinatura da lei, todas as pessoas escravizadas no país foram oficialmente libertadas.
Referências: Editora FTD, Educlub
Acesso em 11 de abril de 2023.
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