Os escritores têm, sobretudo, um papel transformador, tanto na cultura assim como na educação. Afinal, quando lemos uma boa história parece que até fazemos parte dela. Comemoramos juntos as vitórias dos personagens, e choramos suas tristezas também. Às vezes, quando acaba o livro, é como se alguém especial estivesse indo embora. Por este motivo comemoramos o Dia Nacional do Escritor.
Aquela sensação de “fazer parte da história” é , de fato, um dom do escritor. Então, para homenagear essa nobre atividade, o escritor baiano Jorge Amado, junto com o escritor João Peregrino Júnior, declarou, em 1960, o dia 25 de julho como o Dia Nacional do Escritor. Entre os nomes mais influentes da literatura brasileira, podemos citar: Jorge Amado, Érico Veríssimo, Machado de Assis, Clarice Lispector e José de Alencar.
Frases de autores famosos no Dia Nacional do Escritor
Machado de Assis é homenageado no Dia Nacional do Escritor
Um dos mais importantes autores da literatura brasileira, os textos irônicos de Machado de Assis conversam com o leitor.
Foi poeta, romancista, cronista, dramaturgo, contista, folhetinista, jornalista e crítico literário. Machado de Assis testemunhou a Abolição da escravatura e a mudança política no país quando a República substituiu o Império. Ficou conhecido com obras como Helena, Memória Póstumas de Brás Cubas e Dom Casmurro. Machado de Assis era muito amigo de José de Alencar, outro excelente escritor, autor de O Guarani.
Érico Veríssimo é homenageado no Dia Nacional do Escritor
O professor e escritor Erico Veríssimo é considerado um dos escritores brasileiros mais populares do século XX.
Escreveu a maior obra da literatura brasileira, O tempo e o vento, onde os personagens Ana Terra e Capitão Rodrigo ficaram famosos. Composta de três romances – “O Continente”, “O Retrato” e “O Arquipélago” –, a obra traz acontecimentos e histórias de dimensões épicas, que narram 200 anos do processo de formação do estado do Rio Grande do Sul. Além da trilogia O tempo e o vento, escreveu também Olhai os lírios do campo, Solo de clarineta e Clarissa.
Jorge Amado é homenageado no Dia Nacional do Escritor
Jorge Amado foi jornalista e um dos maiores representantes da literatura brasileira modernista, com uma obra marcada pelo regionalismo e pela denúncia social. Ou seja, ele investigava os acontecimentos injustos que aconteciam na sociedade e os revelava através dos textos, que eram publicados no jornal.
Foi o quinto ocupante da cadeira 23 na Academia Brasileira de Letras, em 1961, e, além disso, recebeu vários prêmios, com destaque para o “Prêmio Camões” (1994) e o “Prêmio Jabuti”, com o qual fora agraciado duas vezes (1959 e 1995).
Literatura Infantil
- O gato Malhado e a andorinha Sinhá (1976)
- A bola e o goleiro (1984)
Romances
- O País do Carnaval (1930)
- Cacau (1933)
- Suor (1934)
- Jubiabá (1935)
- Mar morto (1936)
- Capitães da areia (1937)
- Terras do Sem-Fim (1943)
- São Jorge dos Ilhéus (1944)
- Seara vermelha (1946)
- Os subterrâneos da liberdade (1954)
- Gabriela, cravo e canela (1958)
- A morte e a morte de Quincas Berro d’Água (1961)
- O Compadre de Ogum (1964)
- Dona Flor e Seus Dois Maridos (1966)
- Tenda dos milagres (1969)
- Teresa Batista cansada de guerra (1972)
- Tieta do Agreste (1977)
- Farda, fardão, camisola de dormir (1979)
- Tocaia grande (1984)
- O sumiço da santa, romance (1988)
- A descoberta da América pelos turcos (1994)
Clarice Lispector é homenageada no Dia Nacional do Escritor
Clarice Lispector e seus pais são ascendentes* de judeus e fugiram da perseguição, durante a Guerra Civil Russa (1918-1920). Depois disso, chegam ao Brasil em 1921 e viveram nas cidades de Maceió, Recife e Rio de Janeiro.
Apesar das dificuldades financeiras da família, Clarice estudou várias línguas (português, francês, hebraico, inglês, iídiche) e teve aulas de piano. Era boa aluna na escola e gostava de escrever poemas. Então, a escritora e jornalista ucraniana foi naturalizada brasileira. Além dos romances, é consagrada pelos seus contos: Laços de família, A hora da Estrela, Felicidade clandestina, Perto do Coração Selvagem e Feliz aniversário.
Falta de incentivo aos novos autores
Viviane Zanardo é jornalista e autora desconhecida. Ela é editora-chefe do Jornal da Criança, assim como também é autora e ilustradora das histórias infantis, Cidade das Letrinhas. Inegavelmente, é necessária muita força de vontade e determinação para publicar um livro. Em primeiro lugar, no Brasil, a maioria das pessoas não tem o hábito de ler. Em segundo lugar, é muito difícil convencer uma editora a publicar livros de autores desconhecidos. Seja como for, a autora vai continuar insistindo, dessa vez através da internet.
Motivada pelo sonho de inventar histórias para crianças, Viviane Zanardo encerrou uma etapa profissional e, logo depois, voltou a estudar. Com toda a certeza, Viviane aprendeu a desenhar, tanto que ilustrou dois livros infantis inteiros. Em suas mãos, as letras se tornaram personagens animados, que falam e pensam como gente. Como resultado de seu trabalho, a autora convida os leitores para conhecerem a história sobre um lugarejo onde os vocábulos descobrem serem capazes de construir um lugar: a Cidade das Letrinhas.
Quando era criança, a autora teve uma tartaruga de estimação e um pintinho, que se chamava Camilo. Ela nasceu em Santo André, cidade da Grande São Paulo. Isso foi em 1976, e, naquela época, a autora morava num vilarejo onde podia brincar à vontade no meio da rua.
Em homenagem ao Dia do Escritor, compartilhe este artigo em suas redes sociais! Decerto, outras pessoas poderão sentir vontade de ler mais e, quem sabe, comecem a escrever também! O Jornal da Criança agradece!
Glossário do Jornal da Criança Trilogia significa uma obra literária, ou musical, ou científica dividida em três partes. Ascendente são aos parentes mais velhos, como por exemplo, os bisavôs, tataravôs, e assim por diante. Herdamos sempre as características de nossos antepassados.algumas características.
Fonte: Calendar, Academia, Revista Galileu
Acessos em Julho de 2019
Texto: Viviane Zanardo
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