Em janeiro de 2025, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva aprovou a lei n.º 4.932/2024, que proíbe o uso de aparelho celular por estudantes nas aulas. A medida começa a valer em fevereiro de 2025 em todas as escolas públicas e privadas do Brasil.
Nós estamos acompanhando o que tem saído na mídia sobre a preparação das escolas para esta nova rotina, e aproveitamos para compartilhar algumas perspectivas interessantes.
Em entrevista para o portal Lunetas, Max Franco, diretor do Colégio Sion, conta que restringir o uso dos celulares durante os intervalos fez com que os alunos interagissem mais durante o recreio. Além disso, a escola também instalou placas com informações sobre a proibição do uso.
Em entrevista para o Nexo, Virgínia Chagas, professora do Ginásio Educacional Tecnológico Tobias Barreto, no Rio de Janeiro, argumenta que, mesmo com a proibição, pretende continuar a usar os celulares nas aulas. Além disso, no planejamento para 2025, está previsto a expansão de projetos que integrem educação midiática, inteligência artificial e práticas maker ou “faça você mesmo”.
As escolas precisam se adaptar de acordo com as necessidades de cada aluno. Estamos avaliando a melhor forma de guardar os celulares quando o aluno chegar na escola, pode ser em uma caixa dentro da sala de aula”, comenta Rogério Tognetti, Secretário Geral de Educação Básica e de Ingresso do Mackenzie (SP), em entrevista para o JC.
O jornal A Tribuna também produziu uma reportagem sobre o tema, mostrando como cada município da Baixada Santista espera lidar com a lei neste primeiro momento de adaptação.
Por exemplo, em Santos, as escolas públicas e particulares aguardam a regulamentação da lei federal para possíveis adaptações nas regras locais. Já o município de Cubatão estuda protocolos para disciplinar o uso de celulares nas escolas. No Guarujá haverá orientações e treinamento para detectar, prevenir e abordar sinais de sofrimento psíquico e mental por uso de telas sem moderação. Em São Vicente, a Secretaria da Educação estuda recolher os aparelhos, mas precisa planejar como será feito.
A psicopedagoga Angela Cotrofe Rodrigues comenta para A Tribuna sobre a necessidade de preparar os estudantes. Além disso, explicar quais são os prejuízos e como funcionará a restrição na prática. Por outro lado, orienta as escolas a fazerem palestras, conversar com alunos e responsáveis e explicar como vai funcionar. Angela lembra também sobre a importância de ouvir os argumentos dos estudantes e colocar tudo em uma balança.
Educador, compartilhe como a sua escola se prepara para adequar a rotina escolar sem o celular? Envie um e-mail para: contato@editora10.com.br
Referências: Lunetas, Estado de Minas, Nexo, A Tribuna
Acessos em 21 de janeiro de 2025