Já em 1600, o cavaleiro Dom Quixote, personagem dos livros do espanhol Miguel de Cervantes, sempre dizia: “Quem canta os males espanta”. Três séculos depois, por volta de 1966, a cantora Carmem Miranda lançou a música de mesmo nome e encantou o público com seus brincos, babados e balangandãs. Aliás, não apenas eles, mas como também os duendes da sorte da animação Trolls afastam a tristeza quando soltam a voz. Pensando nesta ideia de se livrar dos sentimentos que nos deixam tristes, o JC entrevistou a regente Alais Dias, do Colégio Pentágono, e as alunas de canto Maria Laura Faccioli Izzo e Alice Castro Salvador, de 10 anos.
Afinal, todo mundo tem que saber cantar para ser feliz?
Tem gente que gosta de cantar no chuveiro, mas nunca teve coragem de cantar em público. Nem mesmo em karaokês*, um tipo de entretenimento em que se canta por cima de uma música gravada, usando um microfone.
Segundo a Alais, cantar no chuveiro é bom, mas não traz tanta felicidade quanto a gente canta com outras pessoas em uma aula de coral. Diversos estudos já provaram que cantar diminui o estresse porque libera a endorfina, a mesma substância que diminui o estresse e a ansiedade. Como, por exemplo, um estudo publicado pela Universidade de São Paulo (USP), de Ribeirão Preto.
Psicologia infantil
“Para as crianças, a música traz benefícios quanto à aprendizagem, ampliando seu raciocínio, melhorando seu comportamento, concentração e atenção em sala de aula”, explica a regente do coral.
A aluna Maria Laura confirma que a música a ajudou muito durante a pandemia da covid-19. Ela nos contou que os sentimentos de tristeza, angústia e ansiedade passam quando está cantando no coral. Já a Alice considera que a música é excelente para aliviar a ansiedade, ou seja, a deixa mais tranquila.
Entre notas e acordes musicais, Alais prefere indicar uma boa música a um livro. A “Canção da Paz”, de Cezar Elbert, ajuda a diminuir a ansiedade e o estresse do mundo moderno. Outra música que a encanta se chama “Um Mundo Bem Melhor”, versão brasileira de Walter Amantéa e Hudson Borges.
Vamos descobrir como é importante dar nome aos nossos sentimentos? Acesse aqui.
Fonte: PUCSP, USP Ribeirão Preto
Acessos em 12 de agosto de 2021.
