Ela canta, dança, interpreta e ama ler! Hoje o JC, Jornal da Criança & Jovens tem a alegria de entrevistar Bianca Cardial, aluna do 5º ano da Escola Oswald de Andrade. Com apenas 10 anos, Bianca já é conhecida em livrarias, clubes de leitura e até na Bienal do Livro. Mas sua história com os livros começou bem antes, na pandemia, aos 5 anos, quando ainda não era alfabetizada, mas já memorizava histórias e gravava vídeos com desenvoltura.
Desde então, ela mergulhou no universo da leitura com apoio da escola e, principalmente, da família, que sempre incentivou o hábito de ler todos os dias. Hoje, Bianca escreve resenhas que despertam o interesse de leitores e autores, e compartilha suas impressões com sensibilidade e inteligência.
Entrevista:
Você canta, dança e atua. Como é fazer tudo isso com só 10 anos?
Incrível, realmente, é mágico. Expresso meus sentimentos na atuação e na dança, fazendo algo que amo: a arte.
Bianca, você lembra qual foi o primeiro livro que te fez pensar: “Uau, eu amo ler!”?
Sim. Foi “A árvore generosa”, de Shel Silverstein. Faz muito tempo, eu devia ter uns quatro anos mais ou menos. Eu estava na escada da livraria cultura (a unidade que não existe mais), com minha mãe. Ela leu pra mim, e quando acabou a história, pensei: “Uau, eu amo ler!”
O que você mais gosta na Livraria Miúda? Tem algum cantinho que virou seu favorito?
Sim. O café. Um lugar quentinho, acolhedor, com comidinhas deliciosas e vários livros.
E como foi começar a escrever resenhas?
Foi muito gostoso. No início, era um pouco tenso pra mim, porque eu ficava pensando que minha fala poderia não fluir bem. Mas, com o tempo, percebi que o que mais importa é o conteúdo, que é o que chama a atenção para as minhas resenhas.. Eu acho muito bom fazer uma resenha sobre leitura, que é um tema importante. E fico feliz que as pessoas se interessam muito. Normalmente, as minhas resenhas são por vídeos. Não costumo fazer resenhas escritas, mas é uma forma interessante.
Que tipo de história você gosta de ler?
Adoro ler crônicas, biografias, livros misteriosos e fantásticos.
Para quem ainda não tem o hábito de ler, quais livros você sugere?
Eu sugiro um livro de crônicas “Festa de criança”, de Luís Fernando Veríssimo, A obra “Zap do Olimpo” de Carolina Sanches e Ricardo Leite que tem um layout estilo Whatsapp, e o livro “Fábulas por telefone”, uma coletânea deliciosa do Gianni Rodari.
Você falou que gosta muito de crônicas. Pode contar o que é crônica e um pouco sobre o livro Festa de Criança, do Luiz Fernando Veríssimo?
Resposta: Posso sim. Crônica é um gênero textual curto, que descreve fatos do cotidiano em uma linguagem simples. A palavra “crônica”, vem do latim chronica. Ela tem esse nome, porque é registrada em ordem cronológica, e é comum em jornais e revistas. É uma narração curta, que trata de assuntos corriqueiros. E o livro “Festa de criança”, são crônicas bem divertidas que narram situações que você pode se encaixar, e que algumas, por conta do tempo em que foram escritas, são até estranhas pro nosso dia-a-dia, e isso é uma característica bem curiosa.
E o livro Coraline, do Neil Gaiman? O que você está achando?
Resposta: Eu sinceramente não acabei “Coraline”, mas sei a história porque vi o filme. Comentei desta obra porque atraiu meninos e meninas da minha classe do ano passado. Para acrescentar, uma obra que acho bem instigante é “ O livro do Cuca”, do Caio Tozzi, que narra a história de Cuca, recebendo cartas misteriosas de como escrever um livro.
Para encerrar, você pode escrever uma resenha de 100 palavras sobre o livro O Interruptor Debaixo da Escada?
Resenha: MAGIA e MISTÉRIO. Temas que despertam a curiosidade de muitas crianças, certo? E são meus assuntos favoritos, presentes no livro “O interruptor debaixo da escada”, de Janaina Tokitaka e Arthur Warren, publicado pela editora WMF Martins Fontes.
É a história de Miya, que conhece um garoto chamado Celso. Juntos descobrem os mistérios da casa dela, onde existia todo tipo de monstro: o Pezão, gigantesco e asqueroso, a Yako, uma raposa de três caudas, Kappa, irritantemente carente, também tem o Tanuki e o Tendu, monstros que trabalham em uma cozinha japonesa, e outros seres.
Esse livro trouxe pra mim sentimentos diferentes, como medo e espanto. A Miya nunca teve uma boa relação com os pais, então, ela vê demônios em forma deles. Medo, né? Também fiquei pensando: como a amizade é maravilhosa; duas crianças que acabaram de se conhecer ajudando um ao outro como melhores amigos. Indico para qualquer pessoa que gosta ou quer entrar nesse tema.
Siga Resenhas da Bi no Instagram e assista a entrevista que o JC produziu com o apoio da repórter Thalyta Andrâde na Livraria Miúda:
Acesso em 14 de agosto de 2025.












